domingo, 21 de junho de 2009

Atrás do bloco só não vai quem já morreu

Ontem, fomos conhecer as famosas Hogueras de San Juan, uma festa super tradicional da Espanha cujo sentido ainda não entendemos por completo. O que vimos até agora é que montam estátuas gigantes que representam seres no estilo Walt Disney. Tem de tudo, do rei Lear de Shakespeare a Amy Winehouse.


A cidade de Alicante estava linda, com arcos de luz sobre sua avenida principal, providencialmente fechada para carros e absolutamente LOTADA. Parecia reveillón no Rio. Com a diferença de que, no meio da multidão, haviam algumas áreas isoladas com festas particulares. Isso é muito comum na Espanha: as festas tradicionais são patrocinadas pela população . Em troca, as famílias ganham o privilégio de ter uma mesa em um espaço fechado onde acontecem shows e a comida e a bebida são, em geral, liberados. Quase entramos em um, por ingenuidade, e logo fomos expulsos pelo segurança gigante que falava: "és privada, és privada". Eu achei isso muito estranho porque fica um monte de gente do lado de fora olhando o show que está acontecendo dentro do "cercado", enquanto, do lado de dentro, algumas poucas pessoas dançam sozinhas e tristes (interpretação minha, é claro).


Depois que cansamos de assistir à festa alheia, resolvemos ir em busca das boates para nossa própria diversão. Entramos em duas ou três ainda vazias e vagávamos desorientados quando ouvimos um som conhecido: aquele famoso barulho de batucada, que todo carioca que se preze adora. E sim, lá estava ele nos esperando para começar. Encontramos um bloco de carnaval perdido em uma festa junina espanhola. Na verdade, ele não estava nem um pouco perdido, foi contratato por uma boate para divulgar a festa que deve estar acontecendo neste momento. E que divulgação! Por onde passava, carregava mais gente. Mesmo os que não iam atrás do bloco ficavam olhando com cara de bobo feliz e balançavam qualquer parte do corpo onde encontrassem gingado. Dá uma olhada na pinta do pessoal que ia junto distribuindo panfletos:

Seguimos esse pedaço de carnaval enquanto fez sentido e ele nos levou até a maior surpresa. Lembra que falei do reveillón do Rio? Não tem como relacionar com outra festa aquilo que encontramos: a praia de Alicante tomada de pessoas. Perguntamos e todos nos responderam que era para beber antes de começar a festa. Só que aí já eram 3 da manhã e imaginamos que ninguém ia mais para lugar nenhum, a festa era ali mesmo. Bebem na praia porque, teoricamente, é proibido beber na rua. Talvez isso tenha sido real em algum momento, a ponto de se criar a tradição de se fugir para a praia. O fato é que ontem não só eu como diversas outras pessoas bebiam pelas ruas sem nenhum tipo de constrangimento.

Resultado da noite: Mais amigos, mais contatos de messenger, eu indo conhecer umas escadarias infinitas que dão para uma vista incrivel de Alicante (esqueci de tirar fotos, mas pretendo voltar para registrar), enquanto o Phil comprava água no 24 horas. Porque, agora que eu tenho celular, podemos arriscar pequenas separações de meia hora...

Vejam mais fotos da festa:





Ps: Assim que eu souber a razão destas estátuas explico para vocês.

3 comentários:

  1. eu sei o porque das estátuas *-*
    e agradeço ao Aplicação por ter aula de Espanhol... rs
    na foto louca a Mina está com a maior cara de CRIANÇA FELIZ QUE VIVE A CANTAR auhsuahsuahs
    beijão :*

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  2. enquanto isto em Inhambupe, cidade do interior da Bahia a manchete dos jornais, se aqui existissem seria:
    FILHOS DE FRANCISCO DESCUMPREM CONTRATO E FALTAM A APRESENTAÇÃO NA FESTA JUNINA DA CIDADE
    e o texto:
    Era para ser um presente de aniversário de um marido carinhoso para agradar a esposa, fã da dupla sertaneja, e sem qualquer pretexto, Zezé de Camargo e Luciano, nem apareceram para justificar a falta de compromisso, nem a devolução do valor do cachê pago pelo empresário Euberto Luiz, deixando uma frustação para a primeira-dama da cidade, uma vez que Euberto foi empossado também como prefeito municipal.
    A esposa do prefeito mandou preparar um bolo com as fotos dos cantores, além de encomendar uma música de compositor local para ser entregue e possivel gravação. Este compositor, Francisco Gileno é bastante conhecido da Mina, e já andou fazendo apresentações em diversos países como Portugal, Alemanha, Suiça e mais alguns outros da Europa.
    A ausência dos Filhos de Francisco deu motivos para diversas especulações de moradores da cidade, sobre o show que deveria fechar com brilhantismo a tradicional festa junina de Inhambupe.

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  3. escrevi errado frustração
    o bolo não era com fotos mas, escultura dos dois

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