terça-feira, 30 de junho de 2009
Rapidinha
domingo, 28 de junho de 2009
Noche Loca
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Tapa de espanhol não dói
domingo, 21 de junho de 2009
Atrás do bloco só não vai quem já morreu
A cidade de Alicante estava linda, com arcos de luz sobre sua avenida principal, providencialmente fechada para carros e absolutamente LOTADA. Parecia reveillón no Rio. Com a diferença de que, no meio da multidão, haviam algumas áreas isoladas com festas particulares. Isso é muito comum na Espanha: as festas tradicionais são patrocinadas pela população . Em troca, as famílias ganham o privilégio de ter uma mesa em um espaço fechado onde acontecem shows e a comida e a bebida são, em geral, liberados. Quase entramos em um, por ingenuidade, e logo fomos expulsos pelo segurança gigante que falava: "és privada, és privada". Eu achei isso muito estranho porque fica um monte de gente do lado de fora olhando o show que está acontecendo dentro do "cercado", enquanto, do lado de dentro, algumas poucas pessoas dançam sozinhas e tristes (interpretação minha, é claro).
Depois que cansamos de assistir à festa alheia, resolvemos ir em busca das boates para nossa própria diversão. Entramos em duas ou três ainda vazias e vagávamos desorientados quando ouvimos um som conhecido: aquele famoso barulho de batucada, que todo carioca que se preze adora. E sim, lá estava ele nos esperando para começar. Encontramos um bloco de carnaval perdido em uma festa junina espanhola. Na verdade, ele não estava nem um pouco perdido, foi contratato por uma boate para divulgar a festa que deve estar acontecendo neste momento. E que divulgação! Por onde passava, carregava mais gente. Mesmo os que não iam atrás do bloco ficavam olhando com cara de bobo feliz e balançavam qualquer parte do corpo onde encontrassem gingado. Dá uma olhada na pinta do pessoal que ia junto distribuindo panfletos:
Seguimos esse pedaço de carnaval enquanto fez sentido e ele nos levou até a maior surpresa. Lembra que falei do reveillón do Rio? Não tem como relacionar com outra festa aquilo que encontramos: a praia de Alicante tomada de pessoas. Perguntamos e todos nos responderam que era para beber antes de começar a festa. Só que aí já eram 3 da manhã e imaginamos que ninguém ia mais para lugar nenhum, a festa era ali mesmo. Bebem na praia porque, teoricamente, é proibido beber na rua. Talvez isso tenha sido real em algum momento, a ponto de se criar a tradição de se fugir para a praia. O fato é que ontem não só eu como diversas outras pessoas bebiam pelas ruas sem nenhum tipo de constrangimento.
Resultado da noite: Mais amigos, mais contatos de messenger, eu indo conhecer umas escadarias infinitas que dão para uma vista incrivel de Alicante (esqueci de tirar fotos, mas pretendo voltar para registrar), enquanto o Phil comprava água no 24 horas. Porque, agora que eu tenho celular, podemos arriscar pequenas separações de meia hora...
Vejam mais fotos da festa:
Ps: Assim que eu souber a razão destas estátuas explico para vocês.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Les jeux, le sexe, le français et l'alcool
Loucuras à parte, o dia continuou conosco conhecendo uns pubs de rock (a cara do Fabio) com nossos amigos alternativos do post aqui de baixo (na verdade, o Roberto e umas amigas dele que ainda não conhecíamos). Nesse dia, aliás, aconteceu uma situação bem engraçada envolvendo o "Moulin Rouge", meu filme preferido, mas é impublicável. E por falar nele, no dia seguinte encontrei uma versão de luxo dupla por 6 euros. Vantagens da Europa (para dar raiva à Marie Carazza, que não gosta quando publico os preços).
E graças a esse consumismo, a Mina, que já era quase uma alcoólatra, está a ponto de se viciar em jogo também. Peço que todos me ajudem, pois se essa mulher perder o controle, eu a coloco no avião de volta para o Brasil. Isso tudo porque ela, que não é boba nem nada, topou jogar pôker com meu irmão e os amigos dele. Resultado: saiu da mesa 25 euros mais rica.
A noite parecia fadada ao fracasso, não fosse a ideia da Mina de ir ao chiringuito da Playa de Los Estudiantes. E no meio do caminho, percebemos que estávamos sendo seguidos... pelas francesas borrachas (bêbadas)! Elas perguntaram em um espanhol totalmente "afrancesado" se sabíamos onde era a praia. Claaaro que francesas em VillaJoyosa sabiam onde era a praia. Assim, na nossa simpatia brasileira, dissemos que sim, que estávamos indo nesse caminho. Elas perguntaram se conhecíamos algum bar e respondemos que sim, era exatamente o nosso destino. E assim fomos.
E entre as três francesas bêbadas, estava Florian (repitam: flô-rri-ân), um francês ruivo de cabelos cacheados, recém-formado em Comunicação, prestes a ingressar na especialização em fotografia. Inteligente, culto, sóbrio, francês, fotógrafo e falando em espanhol, Florian passou a noite em papos-cabeça conosco, enquanto as francesas se revelaram bêbadas ciumentas e grosseiras. Ainda assim, a noite acabou em um "Eu Nunca", ou "I've Never" ou "Yo Nunca" ou ainda "Je N'ais Jamais", proposto adivinhem por quem! O objetivo do jogo, claro, foi alcançado graças a uma pergunta proposta por Florian. E a volta para casa foi muito mais feliz.
A noite parecia acabada quando as francesas bêbadas decidiram pular a grade de uma casa alheia e às escuras para descobrir o que estava debaixo de uma tampa em uma espécie de barril de madeira com um controle. Era uma jacuzzi. Elas entraram. E a gente esperou. Depois de rir e se banhar na casa alheia, decidiram sair e deixaram a jacuzzi destampada e ligada. Sob protestos desesperados da Mina ("gente, eles vão gastar uma fortuna de luz, é sacanagem isso!"), Florian entrou na casa só para fechar e desligar. Não satisfeitas, elas decidiram voltar. E riram. E se banharam. E o vizinho viu. Assim, elas saíram de biquini correndo e novamente a jacuzzi ficou aberta. E assim, Florian, mais uma vez, entrou calmamente, fechou e desligou. Foi o que bastou para a Mina chamá-lo de gentleman (na falta da palavra em francês ou espanhol) e provocar o ciúmes da amiga que praticamente impediu que nos aproximássemos deles até chegar em casa. Mas não tem problema: o convite final feito por ele já valeu a pena. Mas isso é história para o blog no futuro...
Hoje, um jantar delicioso comemorou meu aniversário com nossos amigos paulistas que moram em Elche e vieram aqui em casa especialmente para isso. Ganhei roupas lindas e rimos muito. O aniversário mesmo, nessa terça, vai ser em Alicante, mas é tema para outro post. De todo jeito, pela primeira vez, ganhei feliz cumpleaños.
* Em tempo: viagem para Madrid marcada para o dia 2 de julho! Passagens compradas e albergue reservado! O blog vai bombar!
* Nota da Mina:
Há detalhes não ditos:
- Eu não só saí 25 euros mais rica como venci o jogo!
- O tal do francês é provavelmente o homem mais bonito da Europa. Fotógrafo é óbvio.
- A exposição comentada é fraquinha, mas no mesmo museu vimos a exposição permanente sobre arqueologia que, apesar do excesso de vasos, foi legal.
- Tá muito quente aqui! É calor de mais de 35 graus com o ar absolutamente seco!
- Os amigos paulistas NÃO SÃO DO INTERIOR, como eu havia dito anteriormente, desculpe-me Patrícia.
- Sim, eu sou uma preguiçosa e admito.
domingo, 7 de junho de 2009
Un poco de castellano para vosotros...
Palavras mais usadas:
- Cariño
(é como "amor", "meu bem", "querido")
- Quedar
(a tradução é "ficar", mas usam em algumas frases com significado parecido)
- Vale
(a pronúncia é "bale" e é equivalente ao nosso "tá" ou "ok" ou "aham", mas usado em perguntas também)
- Tío / Tía
- Cita
- Empezar
("começar")
- Listo
("pronto")
- Pronto
("rápido")
Expressões mais comuns:
- "No pasa nada"
(é o mesmo que "não tem problema", usam o tempo todo - é muito legal!)
- "Me dá igual"
("dá na mesma", "tanto faz")
- "Hasta luego"
(apesar de existir, ninguém diz "tchau" e sim "hasta luego", que no comum já virou "taluego" ou "talogo")
- "Meteu la pata"
("fez merda", "enfiou o pé pelas mãos")
- "Encantado" ou "Encantada"
(falam do lugar de "prazer em conhecer")
* Vale registrar que "oi" é "¡hola!" e "tudo bem" NÃO é "todo bien?" como o Phil costumava falar, e sim "¿como estás?" ou simplesmente "¿bién?"
Generalizações:
Temos a impressão de que:
- Todos os cachorros são simpáticos - e todos os donos de cachorro também!
(Comentário do Phil: exceto um cachorro nanico de madame que avançou em mim na porta do supermercado)
- Todos os bebês são lindos
- Existe uma fixação por "Ilariê"
- Tudo custa, no máximo, 1 euro
(O que custa 2 euros já é caro)
- Nenhuma espanhola tem celulite
Situações inusitadas:
- Homem que acabava de chamar uma menina de bitch (porque ela não deu confiança quando ele quis chegar nela) pergunta para o Phil: "¿Estas indo para casa?"
- Mina vê homens e mulheres vestidos de coelhinhos, com orelha e rabo:
- Mina compra uma garrafa de sangria na loja 24 horas. Vendedora olha para Mina e diz: "Esconde a bebida na bolsa, por favor". Mina pensa: "Será que ela me acha tão legal que quer que eu roube da própria loja?". Phil pergunta: "¿¿Qué??". Vendedora responde: "Esconde a bebida porque a polícia proíbe que se venda álcool depois das 22h".
Lembramos que estamos na Espanha quando:
- Lemos "tal vez" e "por tanto", assim mesmo, separado
- Percebemos que só precisamos pagar o trem se formos honestos
(na maioria das vezes, o fiscal não entra para comprovar quem comprou o bilhete e não há roleta)
- O trem chega, no máximo, com um minuto de atraso e todas as estações avisam a que horas o trem vai chegar (e você pode enviar uma mensagem no celular e receber o horário do próximo)
- Vemos homens com cabelos muito mal cortados (arrepiados em cima com "mullets" atrás) e mulheres com cabelos cheios de "gosmas", como gel, espuma, etc (mais frequente em uma cidade pequena como a nossa)
- Saímos à noite e gastamos menos de dez euros - mesmo bebendo bastante
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Resumo do último fim de semana, em fotos:
Final da performance da incrível música "La Taza" na danceteria em que estávamos. Confiram a profunda letra desse clássico espanhol (e a tradução ao lado):
una tetera (uma chaleira)
una cuchara (uma colher)
un tenedor. (um garfo)
un plato hondo (uma tijela)
un plato llano (um prato raso)
un cucharon (uma concha)
un azucarero (um açucareiro)
una batidora (um liquidificador)
una olla express chu chu (uma panela de pressão - tchu tchu)
(Um dia, quizás, gravaremos a coreografia e mostraremos para vocês!)
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Achados e Perdidos
Cansados depois do sétimo curta, acompanhamos as quinze pessoas que abandonaram a sessão antes do fim. E foi aí que percebemos que o último trem de volta para Alicante era às 21h44 (isso muda durante o verão, apenas) e meu relógio já marcava 21h40. A velha e conhecida palavra com "F" veio na cabeça e pensamos na alternativa: la estación de autobuses.
E foi aí que decidimos que só voltaríamos ao Festival na sexta e no sábado, quando poderíamos aproveitar os longas de terror, tema do Festival de Cine de Alicante desse ano, e depois sair para dançar com mais opções, como na semana passada. Enquanto o verão não chega, quando há trens na madrugada, a solução é esquecer da hora e dançar até o dia nascer feliz.