quinta-feira, 28 de maio de 2009

Uma brasileira e, afinal, uma feijoada

Tenho a sensação de que me tornei mais brasileira assim que desembarquei em Madri. No domingo, fui a um churrasco feito por amigos daqui para nos dar as boas-vindas. A minha cabeça, ainda um pouco de carioca, conseguiu notar que, além de brasileiros, esses amigos eram também paulistas do interior. Por aqui é assim, a gente até esquece de perguntar onde morava ou o que fazia, a quem era do Brasil e agora mora fora.





















Paulistas ou brasileiros, eles são uma família linda e doce. Nos deram uma tarde tão agradável que me fez lembrar de domingos na casa da minha avó, em Petrópolis. Apesar de nunca ter visto nenhum porco-espinho no quintal dela...


Voltando à minha brasilidade, no dia seguinte ao churrasco fomos, a convite do irmão do Phil, o Guy, a um impressionante restaurante indiano. Como brasileira, foi a comida mais diferente que já provei. Coloridíssima, com todos os sabores mais fortes servidos no mesmo prato: Carne de carneiro, gengibre, muita pimenta e infinitos outros sabores dos quais eu nem imaginava a existência.



O Guy, que já trabalhou nesse estabelecimento, o The Maharaja, foi me explicando tudo. Abrir indiano era o sonho da esposa do dono. Ela, que morava na Inglaterra, tinha muita vontade de ter um restaurante na Espanha e viver em um lugar mais quente. Infelizmente, acabou morrendo antes de realizar este sonho. Seu marido então decidiu que faria a vontade da amada falecida e, dois anos após a tragédia, inaugurou seu estabelecimento em VillaJoyosa. O restaurante é um tributo à esposa com fotos dela nos cardápios e na parede. Tudo muito romântico e diferente do que estou acostumada.




Achei que a experiência com a gastronomia indiana acabaria neste tom de cores, temperos e romance, até que cheguei em casa e vomitei tudo. Bem que eu disse que não estava acostumada.

Brasileira que sou, curto mesmo é uma boa feijoada. Inclusive, preparamos uma ontem para os chefes da Margarida, a mãe do Phil. Eles são argentinos, mas disseram que gostaram e até repetiram o prato. Afinal, gentileza é gentileza em qualquer parte do mundo.

4 comentários:

  1. aushauhsuahs
    eu só teria medo de ir em um restaurante em que há fotos de uma mulher falecida no cardápio oO

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  2. Acho que terça saberemos se há um rei ou uma rainha na minha barriga! beijos

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  3. hahahahaahha não esperava seu comentário sobre o vômito. Levei um susto aqui quando li... Que história desse restaurante, hein! Mina é cultura. beijos nos dois lindos, Debora Indio do Brasil

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