Antes de mim ele contratou uma francesa que no fim do primeiro dia, pediu para sair. Sim, o trabalho é pesado. Servir mesas não é tão fácil como parece para quem está sentadinho tomando cerveja. São muitas horas em pé, carregando peso e andando de cima para baixo. Eu adorei. Já não aguentava mais ficar em casa à toa. E, sinceramente, o trabalho é cansativo mas não é impossível. Rola um pouco de frescura por parte do povo aqui na Europa, eles não são acostumados a trabalhar muito. O índice de desemprego está alto devido à crise, mas também tem uma galera que prefere ficar no paro (o auxílio desemprego daqui) do que pegar no batente. No paro, cada trabalhador tem direito a receber por dois anos 80% daquilo que recebia antes de ser demitido. Começa com esse valor mas vai diminuindo um pouco ao longo do tempo. Por isso que aqui todo mundo só fala de crise, mas a pizzaria está sempre cheia.
Pois é, eles não estão acostumados a trabalhar muito mas têm pavor dos estrangeiros que chegam todos os dias para "tirar os seus empregos". Numa pesquisa que vimos no telejornal daqui, para os espanhóis, o pior problema do país é a presença de imigrantes. Na pizzaria, só trabalha um espanhol, o Joaquin, que nasceu e cresceu em Villajoyosa.
Todos os outros, inclusive o dono, são estrangeiros. A maioria é de países da América Latina. Sendo que, dado interessante, a cozinheira, Tati, é da Lituânia. Ela trabalhava como engenheira em uma fábrica de carros, quando o seu país era comunista. Tati afirma categoricamente que a vida de todos era muito melhor naquela época, porque tinham comida, roupa e estudo. É claro que deve ser mais satisfatório ser engenheira do que passar o dia fritando batatas. Mas, com a queda do comunismo, as fábricas foram fechadas, ela perdeu o emprego e teve que vir para outro país para conseguir criar os dois filhos.
Eu, que não tenho que alimentar filho nenhum, e estou aqui meio que de farra, acho o trabalho na pizzaria super divertido. Para mim foi só vantagem, sair de casa, fazer alguma coisa nova, praticar o espanhol e ainda ganhar uma graninha, ou granona, são 50 euros por dia de trabalho. Tenho trabalhado aos sábados e domingos (dias mais difíceis de se encontrar um fiscal trabalhando), portanto, são 100 euros por semana. Dá para comprar mais de 300 garrafas grandes de água.
...e depois de dois séculos Mina resolve sair da conchinha (?), postar e libertar o Phil de pelo menos uma semana HAHA'
ResponderExcluirjá que vc ta ganhando £100,00 por semana, podia guardar um desses e me dar quando voltar... que que você acha ?!!
mentira u.u mas eu aceito de qualquer jeito (y)'
besiiiitos, ♥ you.
manda uma garrafa de água prá sofia.
ResponderExcluirela merece
hahaha Mina, é só a começar a trabalhar que escreve no blog tbm... assim eu vou começar a questionar se existe ócio criativo!
ResponderExcluirMina, que loucura!!!
ResponderExcluirmas realmente não dá pra ficar atoa!!!
cuidado com os fiscais!!! vc não tá no Brasil....
OBS: responde o msn!!
e outra: o André tah sumido!!!
saudades, sua vaca!
ResponderExcluirvontade de beber água com vc... :)
beijos.
O que pude observar mesmo foi a 1ª frase: "O melhor de se estar na Europa, creio, é ganhar em euro." Ela representa o pensamento capitalista e portanto materialista em todo o seu poder. Será que é bom ou ruim? Tô refletindo
ResponderExcluirviva o capitalismo! viva as fábricas!! fordismo e big mac!! Mina, mesmo de longe vc conseguiu me fazer rir com sua conclusão ilha das flores no final do post; acho que alguem te ama
ResponderExcluirNão vejo tanta água assim desde a filmagem do "Primeiro Ato" rsrs
ResponderExcluirmina e phil resolveram nos deixar fora das novidades --'
ResponderExcluirMina e Phil.
ResponderExcluirVocês não têm mais nada pra contar não?
As águas do último post já rolaram há muito tempo.
Beijos!